sexta-feira, 20 de maio de 2016

Escrita Criativa - Emanuel Campos

RIO TINTO NO SEC. XXVII

Hoje é dia 1 de janeiro de 2701, dia em que acordei depois de ter estado congelado 650 anos.
Tudo é diferente desde que adormeci. Hoje, acordei num mundo novo que vos passo a descrever:
As casas são mais pequenas, porque as divisões também são ocupadas de maneira diferente. Os quartos são compostos por caixas térmicas arrumadas umas em cima das outras onde dormimos sem precisar de roupas.
A cozinha é automática: nós sentamo-nos a volta da mesa carregamos no menu e as refeições aparecem na mesa, servidas por um robô.
As garagens dos carros são subterrâneas, os carros estão colocados em cima uns dos outros e carrega-se num botão com o número do carro e este desloca-se para fora da garagem.
Já não somos nós a conduzi-los são eles que nos levam onde queremos com instruções da nossa voz.
A piscina de Rio Tinto tem passadeiras rolantes diretas à água, água feita artificialmente, pois a água natural já não existe.
Onde antigamente existia o rio Tinto existem agora, passadeiras rolantes para as pessoas se deslocarem para qualquer sítio.
O metro e o comboio foram transformados em transportes por levitação, muito rápidos, onde viajamos deitados.
A igreja de Rio Tinto deu lugar a um sítio de controlo de pensamentos, onde a nossa memória é controlada através de um chipe, que nos foi colocado para saberem o que fazemos e onde estamos.
Esta cidade foi afetada por seres extraterrestres que controlam tudo, já não existem escolas, nem professores e nós só sabemos o que eles querem que a gente saiba.
A Câmara já não existe e no seu lugar está um coração mecânico que controla toda a cidade.
Também não existem animais pela cidade pois foram todos exterminados. Parece que vivemos sem podermos afastarmo-nos desse coração, isto parece mais uma prisão do que uma cidade, mas tenho que continuar a explorá-la para depois vos contar.


Emanuel Campos