RIO TINTO NO SEC.
XXVII
Hoje é dia 1
de janeiro de 2701, dia em que acordei depois de ter estado congelado 650 anos.
Tudo é
diferente desde que adormeci. Hoje, acordei num mundo novo que vos passo a
descrever:
As casas são
mais pequenas, porque as divisões também são ocupadas de maneira diferente. Os
quartos são compostos por caixas térmicas arrumadas umas em cima das outras
onde dormimos sem precisar de roupas.
A cozinha é
automática: nós sentamo-nos a volta da mesa carregamos no menu e as refeições
aparecem na mesa, servidas por um robô.
As garagens
dos carros são subterrâneas, os carros estão colocados em cima uns dos outros e
carrega-se num botão com o número do carro e este desloca-se para fora da
garagem.
Já não somos
nós a conduzi-los são eles que nos levam onde queremos com instruções da nossa
voz.
A piscina de Rio
Tinto tem passadeiras rolantes diretas à água, água feita artificialmente, pois
a água natural já não existe.
Onde
antigamente existia o rio Tinto existem agora, passadeiras rolantes para as
pessoas se deslocarem para qualquer sítio.
O metro e o
comboio foram transformados em transportes por levitação, muito rápidos, onde
viajamos deitados.
A igreja de Rio
Tinto deu lugar a um sítio de controlo de pensamentos, onde a nossa memória é
controlada através de um chipe, que nos foi colocado para saberem o que fazemos
e onde estamos.
Esta cidade
foi afetada por seres extraterrestres que controlam tudo, já não existem
escolas, nem professores e nós só sabemos o que eles querem que a gente saiba.
A Câmara já
não existe e no seu lugar está um coração mecânico que controla toda a cidade.
Também não
existem animais pela cidade pois foram todos exterminados. Parece que vivemos
sem podermos afastarmo-nos desse coração, isto parece mais uma prisão do que
uma cidade, mas tenho que continuar a explorá-la para depois vos contar.
Emanuel Campos
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